Magalhães queria realizar o sonho de Cristóvão Colombo.
Em 1519, o capitão português Fernão de Magalhães organizou uma insensata expedição que deveria levar 237 homens até às Molucas, tentando o caminho para oeste.
Entregou-se a este projeto arrojado num mundo cujos contornos eram ainda incógnitos, tendo o vento como única força motriz, ao longo de costas perigosas e desconhecidas, rodeado de uma tripulação de espanhóis desconfiados, em latitudes onde nenhum barco tinha antes navegado.
Sob o seu comando, cinco navios partiram de Sevilha no dia 10 de agosto de 1519, mas após três anos de peripécias que estariam ao nível dos mais belos livros de aventuras, apenas 18 marinheiros, doentes e esgotados, voltaram a subir o rio Guadalquivir até Sevilha, no único dos navios ainda em condições de flutuar, o Victória.
Tinham acabado de completar a primeira circunavegação do globo.
Quase por milagre, o cronista de bordo fazia parte desses 18 sobreviventes: o italiano Antonio Pigafetta trazia consigo um livro manuscrito no qual registou cada jornada desta fabulosa epopeia. Outras cartas e testemunhos, além de
mapas da época, permitem reconstituir esta história verdadeira que mudou para sempre a visão do mundo.
Para assinalar o seu quinto centenário, a série documental de François de Riberolles dá vida a uma das mais extraordinárias aventuras marítimas de todos os tempos, combinando imagens reais e animação.
Disponível em RTP Play